Memória P&D Design

7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Centro Universitário Positivo — Curitiba (PR)

Novembro/2006

Design e Semiótica

O objeto utilitário e sua dimensão semântica

The utilitarian object and its semantic dimensions

Shirley Gomes Queiroz

Resumo

A configuração formal de um objeto utilitário se estabelece em um processo marcado por algumas tensões, tais como necessidades práticas x intenções estéticas e/ou simbólicas. É da acomodação entre essas tensões que um objeto, seja ele produzido industrial ou artesanalmente, acaba resultando. A forma final desse objeto é portadora de mensagens e significados que propiciam a interlocução entre o usuário e o objeto. Este artigo faz uma reflexão sobre a semântica dos objetos, seus códigos de conotação e denotação, por meio de uma análise comparativa entre dois objetos do design, com o objetivo de identificar suas intenções práticas, estéticas e simbólicas.
Palavras-chave:Semântica, denotação, conotação

Abstract

The utilitarian object formal configuration is settled on a process filled with some tensions, such as practical needs versus aesthetic and/or symbolic intentions. The objects, either produced industrially or by workmanship, emerge from the agreement between these tension forces. The final form of this object is the carrier of messages and meanings that enable the interlocution between the user and the object. This paper makes a reflection on the semantics of objects, their connotation and denotation codes, by means of a comparative analysis betweeen two objects of design, aiming at the identification of their practical, aesthetic and symbolic intentions.
Keywords:Semantics, denotation, connotation

Referências bibliográficas

  • BARTHES, Roland. Elementos de Semiologia. São Paulo: Cultrix, 1996.
  • DENIS Rafael C. Design, cultura material e o fetichismo dos objetos. In: Arcos, v.1. Rio de Janeiro: Contra Capa, 1998.
  • DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 1998.
  • ECO, Umberto. A Estrutura Ausente. São Paulo: Perspectiva, 1997.
  • ECO, Umberto. A Definição da Arte. Lisboa: Edições 70, 1972.
  • ECO, Umberto. Obra Aberta. São Paulo: Perspectiva, 1971.
  • EPSTEIN, Isaac. O Signo. São Paulo: Ática, 1997.
  • FERRY, Luc. Homo Aestheticus A Invenção do Gosto na Era Democrática. São Paulo: Ensaio, 1994.
  • JUNG, Carl G. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964.
  • LÖBACH, Bernd. Diseño Industrial. Barcelona: Gustavo Gilli, 1981.
  • MOLES, Abraham A. Teoria dos Objetos. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1981.
  • MOLES, Abraham A. Teoria da Informação e Percepção Estética. Brasília: UnB, 1978.
  • OSBORNE, Harold. Estética e Teoria da Arte. São Paulo: Cultrix, 1968.
  • SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983.
  • SANTAELLA, Lúcia. A Percepção. São Paulo: Experimento, 1993.