7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Centro Universitário Positivo — Curitiba (PR)

Novembro/2006

Design e Cultura

Ecos do design na cultura material grega

Design's echo in the greek culture

Resumo

Ao longo da história da cultura material, o design (entendido como um processo natural de fazer) está sempre presente como a possibilidade de materialização dos desejos e necessidades do indivíduo, criando moldando e transformando tudo o que está ao seu redor, metamorfoseando-se em muitas “personas”: “hair design”, “life design”, “eco design” e tantos outros. Usando a τεχνη (techné no seu sentido grego de destreza e habilidade, o designer trabalha na configuração de artefatos com funções e finalidades, criando uma interface com aqueles aos quais se dirige. O design, vê-se, é uma construção, como o mito também o é. Ambos procuram tocar as pessoas. Sob a ótica do design, este trabalho irá pensar as máscaras do teatro grego que possuíam forma e função específicas, demandando projetos que envolviam questões técnicas e estéticas.
Palavras-chave:design, mitologia, máscaras

Abstract

In the history of materialistic culture design, understood as the natural process of making things, is always present as a possible materialization of individual desires and needs. Using the techné” the greek word for skills and capabilities, the designer works with forms and functions, creating an interface with those that he wants to communicate with. Design is a construction as is mith. Both look for touching people's minds. This work addresses the masks in the greek teatre, where they had specific forms and functions, assuring the comprehension and solution of expressivity in tragedy.
Keywords:design, mithology, masks

Referências bibliográficas

  • HESIODO. Teogonia. Trad. CERQUEIRA, Ana; LYRA, Maria Therezinha Arêas. Niterói, RJ. Editora da UFF – ADUFF, 1986.
  • JAPIASSU,Hilton. Questões epistemológicas. Rio de Janeiro. Imago, 1981.
  • ARISTÓTELES. “Metafísica”, livro X. Traducão de Patricio de Azcárate. Alicante : Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 1999.
  • ELIADE. Mircea. Mito e Religião. S.Paulo. 6 ª ed. Ed. Pesrpectiva, 2002
  • VERNANT. Jean Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Pespectiva, 1999.
  • NIETZSCHE. “A origem da Tragédia”. S.Paulo. Com.das Letras, 1922
  • ARISTÓTELES. Poética. In: Coleção “Os Pensadores”.S.Paulo. Ed. Nova Cultural, 1999.
  • BOMFIM, Gustavo Amarante. “Coordenadas cronológicas e cosmológicas como espaço de transformações formais". In Formas do Design. 2ab. PUC-Rio, 1999
  • AUMONT, Jacques. A imagem. 6ª ed. SP. Ed. Papirus, 2001
  • ARISTÓTELES. Poética. In: Coleção “Os Pensadores”. São Paulo. Ed. Nova Cultural, 1999.
  • ARISTÓTELES. Metafísica, livro X. Traducão de Patricio de Azcárate. Alicante Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 1999

  • BARBILLON, Claire; LISSARRAGUE, François. Héros e Dieux de l'Antiquité guide iconographique. Paris. Flammarion, 1994.
  • BENJAMIN. Walter. Teses de filosofia de história,, in "Discursus Interrumpidus I". Madrid, Taurus, 1973
  • BENJAMIN. Walter. Origem do drama barroco alemão. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo. Ed. Brasiliense, 1984.

  • BESANÇON, Alain. A imagem Proibida. Rio de Janeiro. Ed. Bertrand Brasil, 1997
  • BERGER, John. Modos de ver. SP. Ed. Perspectiva, 1997
  • BOMFIM, Gustavo Amarante. Coordenadas cronológicas e cosmológicas como espaço de transformações formais. In: COUTO, Rita M. S. e OLIVEIRA, Alfredo J.Formas do Design: por uma metodologia interdisciplinar. Rio de Janeiro. 2AB: PUC-Rio, 1999.
  • BRANDÃO, Junito. Teatro Grego: tragédia e comédia. Petrópolis, RJ. Ed. Vozes, 1985.
  • BURKE, Peter. Testemunha Ocular. Bauru, SP: EDUSC, 2004
  • CAMPOS, Haroldo. Ilíada de Homero. Tradução Haroldo de Campos. São Paulo: ARX, 2002
  • CAMPEBELL, Joseph. Aa máscaras de Deus. Mitologia primitiva. S.P. Ed. Palas Athena, 1992.
  • CAMPEBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo, 19ª ed.. Ed. Palas Athena, 2001.

  • CAMPEBELL, Joseph. As transformações do mito através do tempo. São Paulo, 10ª ed.. Ed. Cultrix, 1997.

  • HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. RJ. DP&A Editora, 8ªed. 2003
  • HAMILTON, Edith. O eco grego. SP. Landy Liv. Edit., 2001
  • HARVEY, David. Condição pós-moderna. SP, 12ªed. Ed. Loyola, 2003.
  • HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Lisboa. Ed. 70, 1987
  • HESIODO. Teogonia. Trad. CERQUEIRA, Ana; LYRA, Maria Therezinha Arêas. Niterói, RJ. Editora da UFF – ADUFF, 1986.
  • HOMERO. Iliada, canto XVIII Trad. de Octavio Mendes Cajado. São Paulo. Difusão Européia do Livro, 1961 (Clássicos Garnier)
  • JAPIASSU, Hilton. Questões epistemológicas. Rio de Janeiro. Imago, 1981.
  • LYOTARD, Jean François. A condição pós-moderna. RJ. Ed. José Olympio, 2002
  • MACHADO, Arlindo. A ilusão especular. São Paulo. Brasiliense, 1984.
  • MERLEAU-PONTY, Maurice. L'oeil et l'esprit. Paris. Gallimard, 1964.
  • MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. São Paulo. Ed. Perspectiva S. A., 1992

  • PAPANEK, V. O que é design? In: Revista Arquitetura, n. 5, ano 1
  • VERNANT, Jean Piere. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Pespectiva, 1999.