7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Centro Universitário Positivo — Curitiba (PR)

Novembro/2006

Design e Cultura

Etnodesign: memória, resgate e identidade

Ethno-design: memory, recover and identity

Resumo

No Brasil, o etnodesign desenvolve-se atualmente como proposta para resgatar processos e tecnologias próprias a grupos étnicos brasileiros. A produção desses grupos muito contribui para a construção do universo simbólico e da identidade em nosso país, pois grande parte desses produtos integra o cotidiano da população nacional. O presente artigo busca discutir questões e conceitos que permitam melhor analisar esse extenso universo, assim como o significado das construções simbólicas coletivas cobertas pela etiqueta “etnodesign”.
Palavras-chave:Design, Etnodesign, Antropologia estética

Abstract

In Brazil, the ethno-design grows-up as a proposal to rescue processes and technologies owned by ethnic groups. The production of those groups contributes strongly to the construction of the Brazilian symbolic univers and identity, as far as a large amount of those products are currently used by the population. This paper discusses questions and concepts which could lead toward a better analisis over that large and important univers, as well as toward the significance of the collective symbolic constructions covered under the label “ethno-design”.
Keywords:Design, Ethno-design, Aesthetic anthropology

Referências bibliográficas

  • BARTH, Frederik. Ethnic Groups and Boundaires: The Social Organization of Culture Difference. Bergen/Oslo: Universitetsforlaget; London: George Allen & Unwin, 1969.
  • DENIS, Rafael Cardoso. As origens históricas do designer: algumas considerações iniciais. Estudos em Design – Design Articles V. IV, n°2, 1996/2000.
  • ________. Design, Cultura Material e o Fetichismo dos Objetos. Arcos: Design, Cultura Material e Visualidade. Rio de Janeiro: Contra Capa, 1998.
  • ________. Uma Introdução à História do Design. São Paulo: Edgard Blücher, 2000
  • FLUSSER, Vilém. The Shape of Things: a Philosophy of Design. Londres: Reaktion Books, 1999.
  • GRUBER, Jussara Gomes. “A arte gráfica Ticuna”. in Lux Vidal (org): Grafismo Indígena. São Paulo: EDUSP, 1992.
  • LÉVI-STRAUSS, Claude. A etnologia vai à arte. Entrevista a Ivan Alves Filho. Módulo 72, p. 20-27, Rio de Janeiro.
  • ________. Des Symboles et leurs doubles. Paris, Plon, 1989.
  • ________. Triste Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras. 1996.
  • MOURA, Mônica. O Design de Hipermídia. Tese de Doutorado, PUC, São Paulo, 2003
  • MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Disponível em: www.acaoeducativa.org. br/downloads/09abordagem.pdf Acesso em nov. 2004.
  • NOVAES, Sylvia Caiuby. Jogo de espelhos: imagem da representação de si através dos outros. São Paulo: EDUSP, 1993.
  • PAPANEK, Victor. O que é design? In: Revista Arquitetura. n°5, ano 1. 1995
  • POUTIGNAT, Philippe; FENART, Jocelune Streiff. Teorias da Etnicidade. São Paulo: UNESP, 1998.
  • RIBEIRO, Berta G. Arte Indígena, linguagem visual. Coleção Reconquista do Brasil, vol. 9. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1989.
  • ________. A Linguagem simbólica da cultura material. In: D. Ribeiro (Ed.) vol.3, 1986.
  • VIDAL, Lux. Grafismo Indígena: estudo de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
  • WEBER,Max. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar,1971